Pesquisadores da Universidade de Nanjing, na China, desenvolveram uma nova técnica para ampliar a resistência da madeira, superior até mesmo a de alguns metais.
O processo consiste em uma autodensificação, por meio de deslignificação parcial e um processo de “inchamento” a líquido para liberar e reorganizar as fibras da madeira.
Dessa forma, as fibras da madeira preenchem o lúmen da célula e tornem o material mais resistente. Após esse processo, a madeira é seca ao ar e perde 80% do volume original.
A madeira atingiu uma tração ultra-alta de 496,1 MPa, resistência à flexão de 392,7 MPa e tenacidade ao impacto de 75,2 kJ/m2.
Outro benefício dessa nova madeira é a possibilidade de uniformidade de aplicação em todas as direções, o que amplia a potencialidade de utilização do composto, inclusive em temperaturas mais elevadas.
Assim, os setores da construção civil e diversas indústrias podem buscar uma matéria-prima sustentável como a madeira ao invés de metais e outras substâncias.
“Este avanço no processamento da madeira oferece uma solução sustentável para a crescente demanda por materiais de alto desempenho, abordando preocupações ambientais e limitações de recursos. As propriedades notáveis da madeira autodensificada tornam-na uma candidata promissora para substituir metais e ligas tradicionais em várias aplicações,” pontuaram os pesquisadores em nota.